Lembro-me que estudei escatologia, o estudo do fim dos tempos, no seminário no final da década de noventa. Estudávamos os trechos da Palavra em Daniel e Apocalipse e ficávamos debatendo qual o melhor método de interpretação destes livros e, me recordo que gastávamos aulas e aulas estudando amilenismo, pré-milenismo e pós-milenismo.
Mas como diria Rubem Alves, “em nossas escolas é isso que se ensina: a precisa ciência da navegação, sem que os estudantes sejam levados a sonhar com as estrelas”. E me deparo com isso quase dez anos depois de estudar escatologia. Aprendi a ler as regras do livro para uma boa navegação, mas não me ensinaram o básico, a olhar as estrelas para me direcionar. De que vale as regras de navegação sem o direcionamento das estrelas?
Para falar de escatologia precisamos olhar não só para a bíblia, mas para os sinais da nossa geração. Assim como acredito que um cientista não vai saber ler e interpretar os sinais escatológicos escritos nas escrituras, também não acredito que teólogos estão aptos para ler os sinais de nosso planeta, mas sim os cientistas.
O meu susto foi quando levantei minha cabeça e vi o que as estrelas do céu me mostraram, em que ponto nós estávamos.
A declaração publicada após um congresso de cientistas dos quatro grandes programas internacionais de pesquisa global, em 2001, é que “o sistema da Terra se comporta como um sistema único e auto-regulamentador composto de componentes físicos, químicos, biológicos e humanos”.
Ao afirmar isso, apóiam indiretamente a já conhecida teoria de 1972, de James Lovelock. O mais triste disso tudo, são duas afirmações que Lovelock faz e que uma boa parte dos cientistas concordam. Uma é que é um engano acharmos que o homem pode destruir o planeta Terra e, sim que é a Terra (Gaia) que destruirá o homem por interferir no sistema auto-regulamentador dela.
E a segunda afirmação, mais temerosa, é que a maioria dos cientistas desde 1995 afirma que já passamos do ponto de retorno, que a Terra já não consegue mais se regenerar e que vai passar por um outro estado de clima, que implicará a devastação de milhares de organismos vivos.
A entrevista de 25 de outubro 2006, nas páginas amarelas da VEJA afirma que, segundo o Cientista Lovelock, não passará dos anos 30, até lá 80% da humanidade desaparecerá e 20% vão viver em oásis, onde será possível respirar e comer.
Perante este quadro científico, eu temo ao voltar os meus olhos para o mapa de navegação que Deus nos deu, temo em pensar que pelos mesmo motivos do dilúvio, que foi a deturpação dos homens, que caindo em suas mentiras começou a viver uma vida totalmente deturpada em seus egos, independente de tudo que gira a sua volta: O cálice da ira de Deus, parece-me, já transbordou.
Tenha misericórdia mais uma vez de nós, Senhor, e faça um milagre em nós e através de nós!
É, mas após o dilúvio, Deus fez uma aliança: o arco-íris...a culpa não é dEle...e muito menos o estado da terra. Continue temendo olhar para Deus em busca de respostas, pois não as achará nEle...
ResponderExcluirAquele abraço!