Parece que estamos em guerra, liderança de igreja e juventude. Cada dia que passa dá a impressão de que estão se afastando cada vez mais.
De um lado, muita reclamação dizendo que os jovens não levam nada a sério, são entregues ao “oba oba” e não têm atitudes de cristão. Do outro lado, uma apatia com o descrédito de uma liderança que está distante, que não se preocupa em entender o porquê os jovens agem como agem. Uma liderança cada vez mais fria e legalista.
O abismo entre as gerações está crescendo muito mais rápido do que conseguimos controlar e avaliar. Dez anos atrás falávamos de missão transcultural em nosso seminário, hoje precisamos avaliar o evangelho da igreja brasileira e começar a pensar no conceito da Missão Transgeracional.
A instituição, encabeçada pelos líderes, está apavorada por não entender as novas cabeças. Tentam retomar o controle institucional delegando cada vez mais regras.
Puxaram o arreio, pois se assustaram com a liberdade e o galope do cavalo.
Não é pela lei que vamos nos entender,colocando mais regras para alcançar o controle social da juventude. Pois a lei não opera santidade e muito menos relacionamentos.
A lei tende a ser forte onde o relacionamento é fraco.
Precisamos sentar para conversar. Saber o que está por trás dos líderes sisudos, a história de vida deles, quais foram os traumas e experiências ao longo da vida. Quais as reclamações que eles têm com os líderes deles e, como estão suas famílias.
Precisamos sentar para conversar, entender por que a liturgia que funcionou por séculos incomoda tanto os jovens, quais as angústias do coração desta geração, quais pressões sociais estão enfrentando, como estão se relacionando e quais são os seus heróis.Em um ambiente onde os líderes e os jovens estão sentados em volta de uma mesa, onde todos estão no mesmo nível, onde o “pão” esta no centro da mesa.
Precisamos urgentemente ter uma agenda relacional em nossas comunidades para que os relacionamentos se fortifiquem e continuemos no evangelho de Cristo. Pois, se não mudarmos, será insuportável convivermos juntos na lei!
Marquinhos, ótima observação, realmente juventude e liderança estão se afastando e parece que uma não liga pra outra!
ResponderExcluirMas pra mim é difícil visualizar "os líderes e os jovens... sentados em volta de uma mesa, onde todos estão no mesmo nível"! Me parece que antes disso ambos os grupos precisam abaixar as proteções e as armas que trazem e precisam, também, retirar o modelo mental que construiram a respeito do outro grupo... como começar?
Deus continue te abençoando sempre!
Forte abraço,
Sabrina Sato
Pertinente e assustador.
ResponderExcluirEssa é a realidade em todo lugar que vejo jovens e igreja. Muitos líderes acostumados com uma geração que seguia cegamente as regras que lhes eram impostas estão totalmente perdidos na liderança de uma juventude contestadora e cheia de opiniões.
Realmente é esta angústia das pessoas no século XXI. O evangelho continua sendo interessante, mas a embalagem que temos utilizado para o oferecer, está causando repulsa na grande maioria.
ResponderExcluirMarcos!
ResponderExcluirObrigado! Pelo banner!
Ja te coloquei no blogroll COMPARSAS do Genizah!
Com muito prazer, pois penso que só mesmo Jesus e humor para segurar a onda destes dias!
Abs.
Danilo
Ótimo artigo. A verdade é que é muito mais cômodo deixar a juventude morrer e colocar a culpa na falta de compromisso...
ResponderExcluirMuito bom, fazia tempo que nao dava uma passada por aqui. loco o texto.
ResponderExcluirbjao irmao
Botelho, esse texto é impressionantemente atual pra diversos lugares!
ResponderExcluirEu tenho um lider de 30 anos que diz que o orkut é do diabo, e ao mesmo tempo companheiros de trabalho na igreja que não sabem se realmente tem que ser submisso a um lider.
Sonho em poder contribuir pra dimunuir essa distância!
Abs
Muita gente diz que isso ocorre em todas as igrejas, mas eu sempre imagino que a "grama do vizinho é mais verde".
ResponderExcluirPois eu ouvi exatamente este discurso de que os Jovens só querem saber de "oba oba" ( Até com estas mesmas palavras) pela prof da escola biblica dominical na minha igreja. Fiquei triste, mas com o teu texto me encheu de idéias que vou tentar por em prática.
Identificar o problema é fundamental para resolve-lo.
Sabias as tuas palavras.
Que Deus te abençoe mais e mais.
O que mais admiro em teu ministério é a sua capacidade em abordar temas tão atuais e relevantes de forma leve, porém comprometida com o Reino.
ResponderExcluirEstou muito triste em relação ao Ministério de Jovens, existe uma distância entre líder e liderados que dói muito ver.
Meu Pastor, mandou muito bem. A analise é perfeita.
ResponderExcluirO problema maior é saber como lidar com isso, ouço o comentário sobre o jovem do oba oba, mas também temos o problema dos nossos anciões, nem tanto pela idade e sim pela mente, que sempre batem na mesma tecla, "na minha época era assim, era assado".
Velho é muito loko lidar com esses dois extremos.
Pergunto a usted, o que fazer hombre?????
Um grande beijo...
Não é pedofilia quando se involve um rapaz adolescente -- tem outro nome.
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