Em um grande centro, as distâncias são como um elástico, onde 5 quilômetros da sua casa pode significar 40 minutos de carro, 60 de ônibus, 35 de metrô ou 1 segundo de internet.
Precisamos separar um tempo em nossa liturgia onde as pessoas possam se conhecer e planejar como vão firmar seus relacionamentos fora do momento litúrgico e assim se tornar verdadeiramente um corpo.
A grande maioria das igrejas não incluiu este momento em sua liturgia, mas ele acontece logo após os cultos nos corredores, salão de festa da igreja ou estacionamento.
Com a correria da cidade grande, o relativismo das distâncias e, os relacionamentos via “mídia social” ganhando cada vez mais espaço, precisamos intencionalmente incluir este momento na #Liturgia2ponto0, conscientizando cada um da necessidade de começar e aprofundar relacionamentos.
Alguns modelos já estão sendo testados:
Algumas igrejas colocam, há algum tempo, este momento durante alguma canção, onde o ministro de louvor incentiva a cumprimentar os irmãos que estão ao seu lado. Mas esse momento ainda não é suficiente para enraizar os relacionamentos.
Outras igreja tem intencionalmente colocado após a liturgia “oficial” um momento com bastante comida para os membros da igreja lancharem e terem comunhão conversando em torno da mesa. Mas não assume o momento como parte litúrgica de louvar a Deus. Fico pensando que a ceia tinha muito mais esta cara de comunhão, de fim de culto do que a cara que tem hoje na liturgia.
Conheço uma igreja em Guarulhos, conhecida como Radar, que teve a coragem de incluir um momento de 15 minutos de comunhão e confraternização no meio de sua liturgia, entre o louvor e a pregação, quando todos vão para uma sala do lado e no mesmo espírito comem e conversam, criando comunhão e laços sólidos para a vida.
Em nosso evento do Encontro de Líderes do Jovens da Verdade, colocamos a palavra “encontro” intencionalmente, no afinco de criar um ambiente onde eles possam se conhecer e, trocando figurinhas, aprendendo um com o outro. Tínhamos que incluir este momento durante as nossas reuniões e decidimos começar focando nas redes sociais, pois sabemos que todos vão voltar para suas casas e seus ministérios e esse será o jeito mais prático de criar vínculos. Este vídeo a cima ficava rolando durante o momento de trocada de informação, abraços e bate papo.
Não sei como vamos incluir o momento de interação e comunhão em nossas igrejas de #liturgia2ponto0 , mas precisamos começar a pensar seriamente, pois com as distancias da cidades grandes os nossos cultos estão se tornando muito impessoal e egoísta, onde você pode, tranquilamente, ir a igreja e não se relacionar com ninguém. Pode até parecer com o modelo do templo no antigo testamento, mas está distante do modelo de Jesus do novo.
Gostei! Eu acho que esse assunto é simplesmente de maior importancia que todo o resto (no que diz respeito à igreja).
ResponderExcluirSinceramente eu acho que se colocada lado-a-lado com a comunhão, a liturgia quase some de insignificancia.
Onde não há comunhão o Louvor é no máximo irrelavante, e a pregação é sempre e exclusivamente de benefício individual (isso quando ela é benéfica!) de modo que ler um livro é perfeitamente equivalente a assistir uma pregação.
A palavra igreja significa assembléia de pessoas, se agente super-valoriza uma liturgia onde a comunhão não é premissa ardentemente fundamental, agente simplesmente não está sendo igreja!! A palavra igreja hoje é quase uma ironia. Ir na igreja hoje é quase sarcasmo.
É a mesma coisa que ir numa pizzaria pra fazer regime!!